sexta-feira, 26 de março de 2021

LITERATURA E SUAS POSSIBILIDADES : DIÁRIOS - VI


(Acompanhe o vídeo)



Olá pessoal. Vocês já imaginaram o quanto a literatura nos direciona a muitas possibilidades? Que o homem primitivo já trazia em si uma construção literária por meio das pinturas rupestres, aquelas em cavernas, e que a criatividade, a arte e a comunicação sempre caminharam lado a lado? Pois então.



Que o tempo percorrido desde o desenvolvimento da escrita cuneiforme pelos sumérios, na antiga Mesopotâmia, os hieróglifos, pelos egípcios e a concepção de literatura como arte pelo filósofo grego Aristóteles demandou mais de três mil anos, antes de nossa era? Muito tempo, não é mesmo.



Bom julguei interessante essa abordagem, como preâmbulo para o que pretendo apontar a partir daqui. Então vamos lá.

Vocês já se perguntaram qual a possibilidade e a necessidade em se manter um diário? Muitos poderão até dizer que já fazem, outros que não tem interesse ou são indiferentes. Pois eu vou dizer algo a respeito. Aliás, antes de avançar minhas considerações, quero apontar um dos mais famosos diários do século XX. Ouçam o que diz:

“Tenho vontade de escrever e necessidade ainda maior de desabafar tudo o que está preso em meu peito. O papel tem mais paciência do que as pessoas”; e vai além,

“Para alguém como eu, é uma sensação singular escrever um diário. Não é só por nunca ter escrito, mas me vem à mente que, mais tarde, nem eu nem mais ninguém terá interesse nos desabafos de uma menina de treze anos”. Anne Frank

Bom, esse diário, por longo período permaneceu desaparecido, até que se tornar público. Claro que nem todos os diários terão esse direcionamento, podem ficar tranquilos.

Aliás, vocês sabiam que diários estão em alta na atualidade? Que diários constituem rico material literário. Ademais, olhar para si, escrever sobre si mesmo constitui processo terapêutico de grande valor tanto pessoal para profissionais que por ventura vierem necessitar.

Agora, já pensaram em tempo de pandemia escrever um? O que te impede?

Eu sempre os tive por perto. Agora mesmo estou resgatando meus recortes de família, entre fotos, registras de lembranças e mais. Amo essa forma de me expressar, pois para mim é uma terapia biográfica que posso adentrar num processo de autoconhecimento. Pensem nisso.

Continuemos então. Há semanas, quando iniciei essas gravações, lancei algumas proposições sobre leitura e suas implicações. Agora vocês entenderão que a importância em se criar e manter um diário é de suma importância para qualquer atividade que se venha desenvolver ou desempenhar na vida.

Para Albert Einsten “ a ciência nada mais era do que um refinamento do pensar diário”, e Oscar Wilde, escritor inglês jamais viajava sem se fazer acompanhar por seu diário. Assim, tantos mais. Bom, com certeza eu jamais saio sem meu caderno de anotações, nunca sei o que poderei encontrar para minhas anotações. 

Quem nunca ouviu dizer daqueles Diários de Classe que os professores carregavam consigo de sala em sala. Bom eu sempre julguei elegante por demais. Outro famoso Diário de Bordo em que anotações rígidas necessitam ser seguidas para que a viagem saia a contento.

Agora qual foi minha surpresa quando ao pesquisar algum subsídio ao tema me deparo com muitos jovens a colocarem experiências próprias quanto a confecção e manutenção de diários em suas vidas.

Outra coisa que me chamou atenção especial, foi a gama de opções desde simples cadernos até os mais sofisticados, trabalhados e confeccionados para inúmeros fins.

Bom, mediante isso, não há como dizer não veja utilidade alguma, pois que em algum momento da vida vocês serão convocados aos registros, num diário, numa agenda.

Lembram das anotações que sempre os oriento fazer? Pois então, tem todo um significado, pois que nossa memória nos trai e muito. Assim, pensemos que temos de escrever para não esquecer.

Agora temos de buscar conhecer e entender um pouco o processo de criação de um diário.

Primeiro necessito questionar: _ Afinal, qual a finalidade desse diário. Será pessoal, como um registro de memórias, acontecimentos do cotidiano? Será um diário do meu percurso profissional, como tarefas diárias, prioridades, metas, objetivos. Será para minhas leituras? Terá perfil de autoconhecimento para me auxiliar num processo terapêutico?

Saibam que para cada finalidade haverá uma estrutura diferenciada, pois que tratam de temas variados. Voltarei em outro momento. Aguardem, pois que o assunto é extenso e atraente. Enquanto isso façam suas próprias pesquisas, suas próprias indagações.


Percebam também que o diário em si já me expõe ao exercício de autoconhecimento, pois que ao me colocar diante das minhas prerrogativas estou dando voz ao meu eu se manifestar. Ademais, a prática diária me proporciona refletir o cotidiano, acumular ideias e pensamentos, aprimorar a técnica da escrita; além de significar ferramenta singular para um processo terapêutico, a partir da organização do meu próprio pensamento, como abordei.

Quando eu oriento para que tenham sempre um caderno de anotações em mãos é porque eu mesma sei o quanto me foi, me é e continuará sendo de vital importância os registros. Tenho acumulado muitas agendas, muitos cadernos – aliás eu gosto demais do formato caderno, hoje além de versáteis, as capas são muito convidativas, atraentes, bonitas. Também tenho a possibilidade de personalizar meu próprio diário, compondo e formatando uma estrutura ao meu gosto e prazer.  

Entendam que tudo é hábito e este é possível de se criar. Comecem hoje mesmo. Diários são muito versáteis e pessoais, assim, criem essa intimidade, criem vínculo emocional e verão o quanto eles podem ser amigos para sempre.   


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