quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

DA PRENSA À IMPRENSA - III





Da prensa de Gutemberg em 1440 à imprensa, em dias atuais, o homem percorre caminho de grande florescer em todos os campos do conhecimento. 

O século XV marca um período singular na história da humanidade. As artes ganham formas e expressões excepcionais. As navegações ultrapassam linhas entre  mares e terras. 

Livros, podem ser, a partir de então, reproduzidos em larga escala. O homem percebe que a comunicação passa a ser de todos e não de uma minoria. 






Agora... Você sabia?






O alfabeto cunhado em chumbo formava verdadeiro exército, o qual, em mãos hábeis de artesãos da palavra, gradativamente davam voz a textos que se disseminavam entre ruas e becos, cruzavam fronteiras,  galgavam novos horizontes.

O livro se democratizava. Todos podiam ter acesso à leitura. A prensa de Gutemberg ultrapassaria séculos e alcançaria nossos dias, numa desenfreada transformação: dos tipos móveis ao raio laser o homem soube se impor perante o "haja" da criação.  





Assim é que, livros podem ser impressos em larga escala, a custos cada vez mais comercializáveis. 

A informação sai dos conventos, dos feudos, dos senhores dos monopólios, para alcançar a massa de uma sociedade menos favorecida.

O conhecimento passa galgar novas fronteiras, abrindo caminhos a comunicação que se torna flexível e permissível à instrução e educação pública.

O homem percebe nova fonte de se perpetuar à sua posteridade. Livros começam a ser editados em maiores escalas. Escritores saem de suas gavetas e ganham a visibilidade de um público cada vez mais leitor.


De 1450 aos nossos dias, mais de cinco séculos nos distanciam e perguntamos: 

- O que teria mudado desde que o homem desenvolveu sua primeira prensa com tipos móveis?

A cada qual a sua resposta, mas percebemos que todo avanço do homem, antes moroso, visivelmente em algumas décadas entre os séculos XX e XXI  ganham nova dimensão.

O homem se vê mergulhado numa tecnologia que o levará a desenvolver situações cada vez mais sutis em todas as áreas do saber.

E volto a perguntar:

- Onde essa era da informação e do conhecimento da nossa atualidade poderá nos encaminhar?

Entretanto, ainda encontramos pessoas motivadas a trabalhar com as mãos, a depositar seus pensamentos em folhas de papel, a se aventurar ao feito à mão.

Eis que a escritora Lygia Bojunga nos remete a esse olhar, com sua tentativa de retomar aos velhos hábitos desde a feitura do papel, ao texto à mão.

Eu contudo, não me abstenho dos meus cadernos, dos meus apontamentos, são eles que me dão a dimensão do meu dia a dia, do meu questionar entre a informação, o conhecimento. Leituras que me alcançam. Tudo isso faz parte desse universo entre livros a que desde cedo me vi envolvida.

Também a pesquisa me deu a dimensão de que ainda podemos encontrar gráficas e gráficos aos moldes Gutemberg, verdadeiros artesãos que sabem muito bem compor textos por meio dos tipos móveis de chumbo.

Eu mesma tive a grata oportunidade de trabalhar num jornal e acompanhar o árduo trabalho dos linotipistas. Não vou entrar nesse complexo universo neste agora. Vamos aguardar outra oportunidade.

Por este momento é o que passo, deixando com vocês o meu até mais. 


https://www.youtube.com/watch?v=XmUhEcKoNkg






    




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