sexta-feira, 26 de março de 2021

O ATO DE LER E O ENEM - VII

 


(acompanhe o vídeo)

Olá pessoal.


Hoje vou contar uma experiência pessoal com relação a leitura e escrita.

Digo a vocês que vamos a escola para aprender a ler e a escrever – não é mesmo. Pois bem. Muitas vezes concluímos nossos estudos regulamentares e mal sabemos ler, muito menos escrever. Afinal. Por que isso ocorre se a criança, desde cedo, manifesta o desejo de ler e de escrever, ainda que seja na terra. Já pensaram nisso? Já observaram essa prática em vocês ou nas crianças ao seu redor?

Então vamos lá. Como disse, vou falar um pouco sobre minha experiência pessoal. Desde infância eu sempre quis ser professora. Nas brincadeiras eu era quem organizava uma mesinha, cadeirinhas, lousa, giz. Bom também confesso a vocês que meus pais estimulavam em mim essa prática.

O tempo passou, e não me tornei professora aos moldes que eu imaginava, mas sim bibliotecária. Os livros me eram fascinantes. Estantes repletas de livros para serem ordenados me serviram de apoio à minha formação desde casa, quando nossa biblioteca era admirável. Meu pai sempre teve muitos e muitos livros, além de os escrever também.

Agora, não pensem vocês que o bibliotecário somente organiza livros. Claro que não, mas não vou adentrar esse assunto, pois que o que almejo abordar para vocês é minha experiência quanto a leitura e aonde ela pode nos encaminha.

Bom, imagino que se lemos autores diversos, nosso desejo seja o de escrever como a um deles. Já aconteceu isso com vocês? Bom, comigo diversas vezes. Sempre os tive em mira, muito embora jamais tenha escrito um livro sequer, entretanto, tenho muitos textos publicados na internet, assim como meus blogs pessoais.


Agora o interessante, contudo, foi que no ano de 2004, um professor e escritor da PUC em Campinas, sabedor de que eu tinha muitos textos engavetados, orientou-me a coloca-los em algum site e indicou-me o Amigos do livro. Casualmente seu editor João Scortecci já era meu conhecido por havermos participado de Feiras do livro em Ribeirão Preto, em algum momento.

Fechado então. Selecionei um texto – O ato de ler – cuja inspiração me veio do livro do professor Paulo Freire, quando em muitas passagens me vi também a escrever na terra, tal ele.

Estava fechado então. O texto me valeu cinco páginas datilografadas em papel sulfite, quase quatro mil palavras. Digo a vocês que também muita pesquisa, pois que coloquei também citações que julguei relevante ao texto.

O interessante disso tudo foi que o que aconteceu depois. Num agosto de  2005, o ENEM daquele ano faz menção ao meu texto, para a redação

A repercussão foi grande, tanto no site do amigo Scortecci, quanto de uma revista do sul do país que publicou o artigo na íntegra. Também valeu muitas publicações em sites diversas, objeto de estudo em livros de sociologia e tantos que nem sempre podemos alcançar.


Mas perceberam que nem sempre um livro necessita ser escrito em sua totalidade. Um texto, quando embasado em algum assunto de interesse geral, pode alcançar público inimaginável.

Assim, quando em falas iniciais sobre leitura, disse a vocês que não sabemos aonde a leitura irá nos encaminhar, digo também que a escrita nos liberta, além de participar ativamente do nosso processo de autoaprendizagem.      






LITERATURA E SUAS POSSIBILIDADES : DIÁRIOS - VI


(Acompanhe o vídeo)



Olá pessoal. Vocês já imaginaram o quanto a literatura nos direciona a muitas possibilidades? Que o homem primitivo já trazia em si uma construção literária por meio das pinturas rupestres, aquelas em cavernas, e que a criatividade, a arte e a comunicação sempre caminharam lado a lado? Pois então.



Que o tempo percorrido desde o desenvolvimento da escrita cuneiforme pelos sumérios, na antiga Mesopotâmia, os hieróglifos, pelos egípcios e a concepção de literatura como arte pelo filósofo grego Aristóteles demandou mais de três mil anos, antes de nossa era? Muito tempo, não é mesmo.



Bom julguei interessante essa abordagem, como preâmbulo para o que pretendo apontar a partir daqui. Então vamos lá.

Vocês já se perguntaram qual a possibilidade e a necessidade em se manter um diário? Muitos poderão até dizer que já fazem, outros que não tem interesse ou são indiferentes. Pois eu vou dizer algo a respeito. Aliás, antes de avançar minhas considerações, quero apontar um dos mais famosos diários do século XX. Ouçam o que diz:

“Tenho vontade de escrever e necessidade ainda maior de desabafar tudo o que está preso em meu peito. O papel tem mais paciência do que as pessoas”; e vai além,

“Para alguém como eu, é uma sensação singular escrever um diário. Não é só por nunca ter escrito, mas me vem à mente que, mais tarde, nem eu nem mais ninguém terá interesse nos desabafos de uma menina de treze anos”. Anne Frank

Bom, esse diário, por longo período permaneceu desaparecido, até que se tornar público. Claro que nem todos os diários terão esse direcionamento, podem ficar tranquilos.

Aliás, vocês sabiam que diários estão em alta na atualidade? Que diários constituem rico material literário. Ademais, olhar para si, escrever sobre si mesmo constitui processo terapêutico de grande valor tanto pessoal para profissionais que por ventura vierem necessitar.

Agora, já pensaram em tempo de pandemia escrever um? O que te impede?

Eu sempre os tive por perto. Agora mesmo estou resgatando meus recortes de família, entre fotos, registras de lembranças e mais. Amo essa forma de me expressar, pois para mim é uma terapia biográfica que posso adentrar num processo de autoconhecimento. Pensem nisso.

Continuemos então. Há semanas, quando iniciei essas gravações, lancei algumas proposições sobre leitura e suas implicações. Agora vocês entenderão que a importância em se criar e manter um diário é de suma importância para qualquer atividade que se venha desenvolver ou desempenhar na vida.

Para Albert Einsten “ a ciência nada mais era do que um refinamento do pensar diário”, e Oscar Wilde, escritor inglês jamais viajava sem se fazer acompanhar por seu diário. Assim, tantos mais. Bom, com certeza eu jamais saio sem meu caderno de anotações, nunca sei o que poderei encontrar para minhas anotações. 

Quem nunca ouviu dizer daqueles Diários de Classe que os professores carregavam consigo de sala em sala. Bom eu sempre julguei elegante por demais. Outro famoso Diário de Bordo em que anotações rígidas necessitam ser seguidas para que a viagem saia a contento.

Agora qual foi minha surpresa quando ao pesquisar algum subsídio ao tema me deparo com muitos jovens a colocarem experiências próprias quanto a confecção e manutenção de diários em suas vidas.

Outra coisa que me chamou atenção especial, foi a gama de opções desde simples cadernos até os mais sofisticados, trabalhados e confeccionados para inúmeros fins.

Bom, mediante isso, não há como dizer não veja utilidade alguma, pois que em algum momento da vida vocês serão convocados aos registros, num diário, numa agenda.

Lembram das anotações que sempre os oriento fazer? Pois então, tem todo um significado, pois que nossa memória nos trai e muito. Assim, pensemos que temos de escrever para não esquecer.

Agora temos de buscar conhecer e entender um pouco o processo de criação de um diário.

Primeiro necessito questionar: _ Afinal, qual a finalidade desse diário. Será pessoal, como um registro de memórias, acontecimentos do cotidiano? Será um diário do meu percurso profissional, como tarefas diárias, prioridades, metas, objetivos. Será para minhas leituras? Terá perfil de autoconhecimento para me auxiliar num processo terapêutico?

Saibam que para cada finalidade haverá uma estrutura diferenciada, pois que tratam de temas variados. Voltarei em outro momento. Aguardem, pois que o assunto é extenso e atraente. Enquanto isso façam suas próprias pesquisas, suas próprias indagações.


Percebam também que o diário em si já me expõe ao exercício de autoconhecimento, pois que ao me colocar diante das minhas prerrogativas estou dando voz ao meu eu se manifestar. Ademais, a prática diária me proporciona refletir o cotidiano, acumular ideias e pensamentos, aprimorar a técnica da escrita; além de significar ferramenta singular para um processo terapêutico, a partir da organização do meu próprio pensamento, como abordei.

Quando eu oriento para que tenham sempre um caderno de anotações em mãos é porque eu mesma sei o quanto me foi, me é e continuará sendo de vital importância os registros. Tenho acumulado muitas agendas, muitos cadernos – aliás eu gosto demais do formato caderno, hoje além de versáteis, as capas são muito convidativas, atraentes, bonitas. Também tenho a possibilidade de personalizar meu próprio diário, compondo e formatando uma estrutura ao meu gosto e prazer.  

Entendam que tudo é hábito e este é possível de se criar. Comecem hoje mesmo. Diários são muito versáteis e pessoais, assim, criem essa intimidade, criem vínculo emocional e verão o quanto eles podem ser amigos para sempre.   


FOLCLORE - V

   


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DO HOMEM DAS CAVERNAS AO VIRTUAL - IV

 

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Olá pessoal.

Nossas semanas transcorrem e cá estou novamente. Para quem não me conhece, meu nome é Inajá e faço para da equipe de professores Rasc, no polo São Carlos.

Bom aos poucos venho demonstrando, em breves falas, os benefícios, os propósitos e a importância da leitura em nossa vida.

Aliás, muitas vezes me sinto muito sozinha, como disse professora Ana Maria, ao chamar atenção para si, quanto a participação de vocês. Faço o mesmo, pois minhas gravações são solitárias em meu espaço de trabalho, mas, sei que as postagens em fios cibernéticos percorrem espaços inimagináveis. Pensem e me deem sinais. Comentem. Façam suas reflexões. Façam seus apartes.

Outra temática que julguei interessante este comentário, foi a indicação do livro Malala quer ir à escola, pela equipe Rasc, ante uma das postagens deste estudo que já alcança o quarto capítulo, por sinal ótimo tema para nossos dias em que nos encontramos distante de nossas salas de aulas presenciais. No caso de Malala, ela simplesmente era impedida de frequentar escola, pelo fato de ser mulher e sua cultura proíbe essa prática, ou proibia a partir dela. Outro ponto que devemos pensar e repensar em dias atuais, pois que, se não temos as tais salas presenciais, as virtuais podem alavancar o futuro que nos descortina horizonte tecnológico infinito. A partir desse breve aparte, deixo aqui interrogações para vocês tecerem suas próprias observações.

Bom, retomemos. Agora, se falamos também da invenção da imprensa, em 1450, porque não nos distanciarmos um pouco mais e voltarmos ao homem primitivo. O que ele deixou para nós.

Trago duas imagens distintas: numa homens curiosos e inventivos batem pedras e delas obtém o fogo, gerador de energia. Noutra imagem, mãos delicadas tocam fios cibernéticos invisíveis. O que os dois tem em particular. Bom eu imagino que a engenhosidade: os dois almejam marcar o momento, deixar sua marca, executar sua obra – aliás é nossa indicação de leitura para esta semana.

Imagino que a criatividade, inerente ao ser humano, sempre colocou ditou ao homem a necessidade de registrar sua passagem nesta terra.

Percebam que as pinturas em cavernas demonstram que o tempo não consumiu o registro. Que a criatividade e a engenhosidade permitiram que hoje pudéssemos estar a resgatar esses fatos para ilustrar nosso tema leitura.

Outro fator de suma importância é que temos de encarar a leitura como lei, pois que, em qualquer área do saber temos de colocá-la em prática.

Percebam então que do homem primitivo, com suas pinturas rupestres, aos e-books da atualidade, embora tempo significativo foi necessário para que tudo isso nos alcançasse, aliás, milhares de anos, em dias atuais o avanço se faz de maneira acelerada ao ponto de perguntarmos – onde iremos parar?

Assim, percebam que o conhecimento que não muito distante de nós demandava tempo significativo, cinquenta, cem, duzentos, trezentos anos, hoje dormimos com um celular em mãos e acordamos com outro. O conhecimento se tornou muito mais dinâmico, as informações requerem de nós atenção cada vez mais sutil.

As oportunidades tem de ser percebidas e requeridas ante nosso preparo para alcança-las. Recentemente a Rasc fez muitas contratações e, sem dúvida, muitos jovens se apresentaram, mas permaneceram aqueles que cumpriram as prerrogativas consideradas adequadas para o exercício de aprendizagem. Parabéns aos que se apresentaram e aos que foram selecionados.

Pois saibam que, segundo a indicação de leitura para este vídeo, o professor e filósofo Mário Sérgio Cortella nos diz que “para ir da oportunidade ao êxito preciso enfrentar os medos e mudanças, romper com o mesmo e ter a capacidade de se antecipar”. Sem dúvida, incerteza, medo, mudança, sair do lugar comum, ansiar por novos ares, perspectivas de alargar horizonte permanecem dentro de cada um de nós desde o mais remoto ser primitivo, ao homem cibernético em nossa modernidade. Contudo, o que imagino deva imperar para que a posteridade possa nos reconhecer é que nosso trabalho tem de falar de nós e por nós, porque:  “todas as vezes que aquilo que você faz não permite que você se reconheça, seu trabalho se torna estranho a você”.

Por que afinal, como vimos nesse breve encontro, qual foi a obra deixada por nossos ancestrais primitivos e qual a obra que iremos deixar à nossa posteridade.

Que a leitura se torne lei para todos nós. Até mais.

 


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