domingo, 16 de setembro de 2018

2018 ANO MARCADO


Nossas conversas sempre nos renderam frutos - livros, livros e mais livros. Autores que nos encontravam e nos tornavam partícipes de suas obras. Nossa biblioteca, acrescida por títulos inúmeros, sempre mais e mais nos requeriam outros tantos títulos - e correspondíamos.

Agora, o céu, a si requereu um pensador. Era assim que gostava de ser chamado; era assim desta forma que pautou toda sua vida, entre frases e textos; é assim portanto, que darei continuidade ao seu gosto e prazer. As linhas por ti escritas, continuarão através de mim, claro que em proporções que denotem as duas partes que se fundiram numa só - agora somos um só corpo.


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"Ficam as lembranças para contar como foi sua vida e restam as saudades para lembrar a falta que você fará." 😓



Impossível encontrar palavras que representem o dia de hoje, encontrar palavras de conforto aos que aqui ficaram. Estamos ainda sem acreditar. 

O que nos resta são as ótimas lembranças, muitas risadas e inúmeros ensinamentos que nos transmitiu.

Obrigada por tudo o que nos ensinou, Élvio. Será sempre lembrado com muito carinho por todos nós, aprendizes e ex aprendizes da Rasc. Sem dúvidas fará muita falta para todos nós!!!

Inajá, mesmo em meio a tantos problemas não desistiu, você é um exemplo de perseverança! Saiba que nunca estará sozinha... Estaremos sempre com você! 



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Hoje a manifestação que recebemos foi a expressão do tempo investido - oito anos - em muitos jovens que por nós passaram. Recolhemos os frutos de uma semeadura profícua e frutífera. Jovens valorosos não se declinaram à despedida.   

Hoje o mundo fica mais pobre, mas o céu se enriquece com a presença de um pensador.

Quando olharmos para o firmamento, com certeza uma luz estará brilhando com mais intensidade - poderemos perceber que lá essa luz já esteve em nosso meio.

Élvio sempre foi um pensador. Sempre me dizia que 2018 era um ano marcado - biblicamente se referenciava, pelas contas que fazia. Brincávamos até com esse pensar. Até falávamos em partidas. Mas... Quem supor pudera que aos poucos preparava aqueles que aqui poderiam ficar. 

Será difícil caminhar sem umas mãos que me foram tão quentes, quando as percebi tão frias, geladas numa urna marrom com frisos dourados, adornadas por flores e tule brancos. 

Caminhantes somos. Caminhar. Preciso seguir caminhando e dar testemunho que não desisto jamais. Assim, compartilho o seu poema 


CAMINHANTE

Pelo caminho andei
desponteirando estradas,
atravancando desvios.
Sobre tropeços saltei,
buscando um certo.
Olhando aos avessos,
desnudar a vida,
enfronhar-me no existir.

Pelo caminho segui.
Dos sonhos,
muitos desencontrei.
Ingrimes veredas,
margens escalpadas
se exibiram.
Nelas enfileirei.

Pelo caminho eu vi
almas caídas como se felizes;
Desiludidas, como se cheias de luz.
Falsas certezas.
Caminhos transversais.

Pelo caminho vi,
pelo destom da vida,
belas coisas jogadas, e,
horríveis que seduzem.

Pelo caminho vislumbrei
túneis onde todos entram.
Se tinha não sei
trevas ou luz;
apenas réstias encontrei.

Seguindo o desvelado destino,
por todos, muitos desfilantes.
Cheguei ao não sei,
sem desandar.

Vi um cortejo.
A vida saudei!

Élvio Antunes de Arruda - Elanklever - 2015

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Agora Élvio

Montou um querubim e voou, deslizando sobre as asas do vento..." (Sl 18:10)

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