Através da indicação de leitura do livro "Comece pelo porquê" de Simon Sineck, o qual aborda sobre o Ikigai, busquei subsídios para compor esta matéria, a qual pode ser complementada pelo leitor atento aos detalhes, os quais permanecem em aberto.
O livro não o tenho em mãos, tampouco o li, mas imagino ser conveniente a leitura em algum momento, posto que iniciar algo em nossa vida sobre o porquê daquilo é de suma importância, tal como:
porquê estudo
porquê coloquei este tema aqui no blog
enfim, cada um tela o seu porquê para refletir
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IKIGAI - PROPÓSITO
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ENCONTRANDO O SEU
IKIGAI – análise de autoconhecimento
O facebook, nesta manhã - 25/04/2024 - quinta-feira - compartilha as lembranças postadas. Esta há cinco anos. Reunião memorável. Roda de conversa agradável, com Paulo Miranda, ex estagiário da Caixa Econômica Federal, que veio compartilhar sua trajetória entre estágios, e cargo dentro de banco particular na cidade de São Carls.
Momento de grande aprendizagem para todos.
O tempo passou, mas a lembrança daquele dia permanece presente em minha memória. Saudade incontida. Saber que os jovens seguem caminhos diversos, cada qual com suas especialidades, seus dons e talentos.
Marcar esse encontros sempre me é de grande alegria, ainda que a distância tenha nos distanciado das atividades, dos encontros, dos momentos singulares. Para mim, o tempo sempre me é presente - um presente.
O registro foi feito anteriormente, quando a programação, daquele ano, registrava o Dia do Aprendiz. Sempre marcávamos algo significativo para os jovens.
As jovens aprendizes Tayline, Eliane e Luana se despediam do projeto, após cumprirem a jornada dos dois anos.
Abraços, lágrimas, após tanto tempo de convivência, numa harmonia significativa.
Jovens valorosas que marcaram presença singular em sala de aula, assim como em seus locais de trabalho.
Sem dúvida o futuro lhes reservou sucesso absoluta em qualquer segmento que optarem.
Lorena ainda permaneceria mais alguns meses, entretanto, esta foi a última foto que pudemos registrar, pois que a pandemia iria nos privar de novos contatos físicos.
Eu como professora a frente do projeto São Carlos, permaneceria até setembro de 2022 de forma virtual, quando tive oportunidade de participar de aulas on line, assim como de podcast vários e materiais em formato vídeo e material de pesquisa semanalmente preparado.
Para mim foram mais de doze anos de grande aprendizagem na RASC. Dezenas de jovens os quais figuram em fotos neste espaço, os quais ficaram na lembrança, na memória e na saudade.
Encontros agradáveis, esperados, festivos, onde compartilhávamos conhecimento e muita amizade e alegria.
Decorridos anos, a saudade faz com que revisitemos fotos, rememoremos acontecimentos.
Permaneci na RASC num período de julho de 2010 até setembro de 2022, quando então me despedi, após um período de pandemia em que nossas aulas não mais eram presenciais.
Em março de 2020 foi nossa última oportunidade de nos vermos e nos comunicarmos pessoalmente, a partir do que tudo se tornou virtual, muitos jovens concluíram o projeto e, seguiram caminhos vários.
Poucos são os que posso ter contato. O curso natural da vida segue tranquilamente.
Hoje, desde 2020 resido em Araras, onde me dedico a colher lembranças, registrar memórias nestes blogs elaborados ao longo dos anos.
Meu companheiro Élvio, desde 2018 partiu para sua nova morada e cá estou a resgatar tudo quanto semeamos e plantamos juntos. Hoje percebo como o tempo nos foi favorável, entre oportunidades criadas a partir da Rasc entre os polos São Carlos / Araraquara / Limeira.
Palestra muito interessante com Nicolau Santos, um dos gerentes,que veio falar sobre a importância na escolha das profissões.
Os jovens ficaram empolgadas com as dicas, as sugestões de continuidade nos estudos, as oportunidades de trabalho, a partir da experiência nos ambientes financeiros.
Tarde de muita aprendizagem para todos. Momento que ficará marcado em nossas experiências e neste espaço, o qual retorno, com muita saudade.
Interessante notar que a distância não nos distancia, quando nosso envolvimento e pensamento se perpetuam.
Assim foi meu encontro com a RASC, no mês e julho de 2010, quando um convite nos leva a conhecer o projeto e nos envolver com jovens, apoiadores, salas de aulas, cidades, profissionais da área financeira, enfim, um período de quase doze anos que se estenderia por outros tantos, até o momento em que passo a escrever alguns momentos.
Aliás, este blog aponta cenas interessantes vividas entre jovens, das cidades de São Carlos, Araraquara e Limeira.
As fotos, as matérias apresentadas, a convivência com tantos jovens, palestrantes, que dedicaram seus momentos a compartilhar experiências, são situações que, neste agora, me fazem presente os registros.
Sou grata a oportunidade que Deus me proporcionou para esse grande desafio profissional. Sou grata aos mantenedores do projeto RASC, em especial seu idealizador e tão comprometido administrador sr. João Lunardelli. Sou grata a tantos gerentes que se tornaram amigos. Sou grata a tantos jovens que se tornaram importantes às minhas memórias. Enfim, a gratidão é o fator que move meu sentimento todos os dias.
Assim é que, decorrido um período do meu afastamento físico do projeto RASC, meu coração está sempre presente, acompanhando a continuidade do trabalhos desenvolvidos por uma brilhante equipe de professores, técnicos, servidores e prestadores de serviços.
Assim, posso dizer que a distância jamais irá me distanciar de tantas lembranças envolvidas.
Em 5 de abril de 2020, após proposta da RASC, em que os jovens eram convocados a participar de uma brincadeira, quando lhes era solicitado se apresentar e comentar sobre o período em que estiveram no projeto e como estão, decorrido algum período.
Naquele momento alguns se manifestarem e eu os coloquei neste blog - veja link e todos os comentários:
Agora, pretendo colocar algumas falas de jovens, os quais os posso acompanhar, ainda que à distância. Vejamos então o que poderei fazer, uma vez que já não faço parte da equipe RASC desde setembro de 2021, mas jamais me aparto em acompanhar o desenrolar das atividades, tanto dos professores quanto dos jovens que estiveram comigo.
Hoje vou contar uma
experiência pessoal com relação a leitura e escrita.
Digo a vocês que vamos
a escola para aprender a ler e a escrever – não é mesmo. Pois bem. Muitas vezes
concluímos nossos estudos regulamentares e mal sabemos ler, muito menos
escrever. Afinal. Por que isso ocorre se a criança, desde cedo, manifesta o
desejo de ler e de escrever, ainda que seja na terra. Já pensaram nisso? Já
observaram essa prática em vocês ou nas crianças ao seu redor?
Então vamos lá. Como
disse, vou falar um pouco sobre minha experiência pessoal. Desde infância eu
sempre quis ser professora. Nas brincadeiras eu era quem organizava uma
mesinha, cadeirinhas, lousa, giz. Bom também confesso a vocês que meus pais
estimulavam em mim essa prática.
O tempo passou, e não
me tornei professora aos moldes que eu imaginava, mas sim bibliotecária. Os
livros me eram fascinantes. Estantes repletas de livros para serem ordenados me
serviram de apoio à minha formação desde casa, quando nossa biblioteca era
admirável. Meu pai sempre teve muitos e muitos livros, além de os escrever
também.
Agora, não pensem
vocês que o bibliotecário somente organiza livros. Claro que não, mas não vou
adentrar esse assunto, pois que o que almejo abordar para vocês é minha
experiência quanto a leitura e aonde ela pode nos encaminha.
Bom, imagino que se
lemos autores diversos, nosso desejo seja o de escrever como a um deles. Já
aconteceu isso com vocês? Bom, comigo diversas vezes. Sempre os tive em mira,
muito embora jamais tenha escrito um livro sequer, entretanto, tenho muitos
textos publicados na internet, assim como meus blogs pessoais.
Agora o interessante,
contudo, foi que no ano de 2004, um professor e escritor da PUC em Campinas,
sabedor de que eu tinha muitos textos engavetados, orientou-me a coloca-los em
algum site e indicou-me o Amigos do livro. Casualmente seu editor João
Scortecci já era meu conhecido por havermos participado de Feiras do livro em
Ribeirão Preto, em algum momento.
Fechado então.
Selecionei um texto – O ato de ler – cuja inspiração me veio do livro do professor
Paulo Freire, quando em muitas passagens me vi também a escrever na terra, tal
ele.
Estava fechado então.
O texto me valeu cinco páginas datilografadas em papel sulfite, quase quatro
mil palavras. Digo a vocês que também muita pesquisa, pois que coloquei também
citações que julguei relevante ao texto.
O interessante disso
tudo foi que o que aconteceu depois. Num agosto de 2005, o ENEM daquele ano faz menção ao meu
texto, para a redação
A repercussão foi
grande, tanto no site do amigo Scortecci, quanto de uma revista do sul do país
que publicou o artigo na íntegra. Também valeu muitas publicações em sites
diversas, objeto de estudo em livros de sociologia e tantos que nem sempre
podemos alcançar.
Mas perceberam que nem
sempre um livro necessita ser escrito em sua totalidade. Um texto, quando
embasado em algum assunto de interesse geral, pode alcançar público
inimaginável.
Assim, quando em falas iniciais sobre leitura, disse a vocês que não
sabemos aonde a leitura irá nos encaminhar, digo também que a escrita nos
liberta, além de participar ativamente do nosso processo de autoaprendizagem.
Olá pessoal. Vocês já imaginaram o quanto a literatura nos
direciona a muitas possibilidades? Que o homem primitivo já trazia em si uma
construção literária por meio das pinturas rupestres, aquelas em cavernas, e
que a criatividade, a arte e a comunicação sempre caminharam lado a lado? Pois
então.
Que o tempo percorrido desde o desenvolvimento da escrita
cuneiforme pelos sumérios, na antiga Mesopotâmia, os hieróglifos, pelos
egípcios e a concepção de literatura como arte pelo filósofo grego Aristóteles
demandou mais de três mil anos, antes de nossa era? Muito tempo, não é mesmo.
Bom julguei
interessante essa abordagem, como preâmbulo para o que pretendo apontar a
partir daqui. Então vamos lá.
Vocês já se perguntaram qual a possibilidade e a necessidade
em se manter um diário? Muitos poderão até dizer que já fazem, outros que não
tem interesse ou são indiferentes. Pois eu vou dizer algo a respeito. Aliás,
antes de avançar minhas considerações, quero apontar um dos mais famosos
diários do século XX. Ouçam o que diz:
“Tenho vontade de escrever e necessidade ainda maior de
desabafar tudo o que está preso em meu peito. O papel tem mais paciência do que
as pessoas”; e vai além,
“Para alguém como eu, é uma sensação singular escrever um
diário. Não é só por nunca ter escrito, mas me vem à mente que, mais tarde, nem
eu nem mais ninguém terá interesse nos desabafos de uma menina de treze anos”.
Anne Frank
Bom, esse diário, por longo período permaneceu desaparecido,
até que se tornar público. Claro que nem todos os diários terão esse
direcionamento, podem ficar tranquilos.
Aliás, vocês sabiam que diários estão em alta na atualidade?
Que diários constituem rico material literário. Ademais, olhar para si,
escrever sobre si mesmo constitui processo terapêutico de grande valor tanto
pessoal para profissionais que por ventura vierem necessitar.
Agora, já pensaram em tempo de pandemia escrever um? O que
te impede?
Eu sempre os tive por perto. Agora mesmo estou resgatando
meus recortes de família, entre fotos, registras de lembranças e mais. Amo essa
forma de me expressar, pois para mim é uma terapia biográfica que posso
adentrar num processo de autoconhecimento. Pensem nisso.
Continuemos então. Há semanas, quando iniciei essas
gravações, lancei algumas proposições sobre leitura e suas implicações. Agora
vocês entenderão que a importância em se criar e manter um diário é de suma
importância para qualquer atividade que se venha desenvolver ou desempenhar na
vida.
Para Albert Einsten “ a ciência nada mais era do que um
refinamento do pensar diário”, e Oscar Wilde, escritor inglês jamais viajava
sem se fazer acompanhar por seu diário. Assim, tantos mais. Bom, com certeza eu
jamais saio sem meu caderno de anotações, nunca sei o que poderei encontrar
para minhas anotações.
Quem nunca ouviu dizer daqueles Diários de Classe que os
professores carregavam consigo de sala em sala. Bom eu sempre julguei elegante
por demais. Outro famoso Diário de Bordo em que anotações rígidas necessitam
ser seguidas para que a viagem saia a contento.
Agora qual foi minha surpresa quando ao pesquisar algum
subsídio ao tema me deparo com muitos jovens a colocarem experiências próprias
quanto a confecção e manutenção de diários em suas vidas.
Outra coisa que me chamou atenção especial, foi a gama de
opções desde simples cadernos até os mais sofisticados, trabalhados e
confeccionados para inúmeros fins.
Bom, mediante isso, não há como dizer não veja utilidade
alguma, pois que em algum momento da vida vocês serão convocados aos registros,
num diário, numa agenda.
Lembram das anotações que sempre os oriento fazer? Pois
então, tem todo um significado, pois que nossa memória nos trai e muito. Assim,
pensemos que temos de escrever para não esquecer.
Agora temos de buscar conhecer e entender um pouco o
processo de criação de um diário.
Primeiro necessito questionar: _ Afinal, qual a finalidade
desse diário. Será pessoal, como um registro de memórias, acontecimentos do cotidiano?
Será um diário do meu percurso profissional, como tarefas diárias, prioridades,
metas, objetivos. Será para minhas leituras? Terá perfil de autoconhecimento
para me auxiliar num processo terapêutico?
Saibam que para cada finalidade haverá uma estrutura
diferenciada, pois que tratam de temas variados. Voltarei em outro momento.
Aguardem, pois que o assunto é extenso e atraente. Enquanto isso façam suas
próprias pesquisas, suas próprias indagações.
Percebam também que o diário em si já me expõe ao exercício
de autoconhecimento, pois que ao me colocar diante das minhas prerrogativas
estou dando voz ao meu eu se manifestar. Ademais, a prática diária me
proporciona refletir o cotidiano, acumular ideias e pensamentos, aprimorar a
técnica da escrita; além de significar ferramenta singular para um processo
terapêutico, a partir da organização do meu próprio pensamento, como abordei.
Quando eu oriento para que tenham sempre um caderno de
anotações em mãos é porque eu mesma sei o quanto me foi, me é e continuará
sendo de vital importância os registros. Tenho acumulado muitas agendas, muitos
cadernos – aliás eu gosto demais do formato caderno, hoje além de versáteis, as
capas são muito convidativas, atraentes, bonitas. Também tenho a possibilidade
de personalizar meu próprio diário, compondo e formatando uma estrutura ao meu
gosto e prazer.
Entendam que tudo é hábito e este é possível de se criar.
Comecem hoje mesmo. Diários são muito versáteis e pessoais, assim, criem essa
intimidade, criem vínculo emocional e verão o quanto eles podem ser amigos para
sempre.
Nossas semanas transcorrem e cá estou novamente. Para quem
não me conhece, meu nome é Inajá e faço para da equipe de professores Rasc, no
polo São Carlos.
Bom aos poucos venho demonstrando, em breves falas, os
benefícios, os propósitos e a importância da leitura em nossa vida.
Aliás, muitas vezes me sinto muito sozinha, como disse
professora Ana Maria, ao chamar atenção para si, quanto a participação de
vocês. Faço o mesmo, pois minhas gravações são solitárias em meu espaço de
trabalho, mas, sei que as postagens em fios cibernéticos percorrem espaços inimagináveis.
Pensem e me deem sinais. Comentem. Façam suas reflexões. Façam seus apartes.
Outra temática que julguei interessante este comentário, foi
a indicação do livro Malala quer ir à escola, pela equipe Rasc, ante uma das
postagens deste estudo que já alcança o quarto capítulo, por sinal ótimo tema
para nossos dias em que nos encontramos distante de nossas salas de aulas
presenciais. No caso de Malala, ela simplesmente era impedida de frequentar
escola, pelo fato de ser mulher e sua cultura proíbe essa prática, ou proibia a
partir dela. Outro ponto que devemos pensar e repensar em dias atuais, pois
que, se não temos as tais salas presenciais, as virtuais podem alavancar o
futuro que nos descortina horizonte tecnológico infinito. A partir desse breve
aparte, deixo aqui interrogações para vocês tecerem suas próprias observações.
Bom, retomemos. Agora, se falamos também da invenção da
imprensa, em 1450, porque não nos distanciarmos um pouco mais e voltarmos ao
homem primitivo. O que ele deixou para nós.
Trago duas imagens distintas: numa homens curiosos e
inventivos batem pedras e delas obtém o fogo, gerador de energia. Noutra
imagem, mãos delicadas tocam fios cibernéticos invisíveis. O que os dois tem em
particular. Bom eu imagino que a engenhosidade: os dois almejam marcar o
momento, deixar sua marca, executar sua obra – aliás é nossa indicação de
leitura para esta semana.
Imagino que a criatividade, inerente ao ser humano, sempre
colocou ditou ao homem a necessidade de registrar sua passagem nesta terra.
Percebam que as pinturas em cavernas demonstram que o tempo
não consumiu o registro. Que a criatividade e a engenhosidade permitiram que
hoje pudéssemos estar a resgatar esses fatos para ilustrar nosso tema leitura.
Outro fator de suma importância é que temos de encarar a
leitura como lei, pois que, em qualquer área do saber temos de colocá-la em
prática.
Percebam então que do homem primitivo, com suas pinturas
rupestres, aos e-books da atualidade, embora tempo significativo foi necessário
para que tudo isso nos alcançasse, aliás, milhares de anos, em dias atuais o
avanço se faz de maneira acelerada ao ponto de perguntarmos – onde iremos
parar?
Assim, percebam que o conhecimento que não muito distante de
nós demandava tempo significativo, cinquenta, cem, duzentos, trezentos anos,
hoje dormimos com um celular em mãos e acordamos com outro. O conhecimento se
tornou muito mais dinâmico, as informações requerem de nós atenção cada vez
mais sutil.
As oportunidades tem de ser percebidas e requeridas ante
nosso preparo para alcança-las. Recentemente a Rasc fez muitas contratações e,
sem dúvida, muitos jovens se apresentaram, mas permaneceram aqueles que
cumpriram as prerrogativas consideradas adequadas para o exercício de
aprendizagem. Parabéns aos que se apresentaram e aos que foram selecionados.
Pois saibam que, segundo a indicação de leitura para este
vídeo, o professor e filósofo Mário Sérgio Cortella nos diz que “para ir da
oportunidade ao êxito preciso enfrentar os medos e mudanças, romper com o mesmo
e ter a capacidade de se antecipar”. Sem dúvida, incerteza, medo, mudança, sair
do lugar comum, ansiar por novos ares, perspectivas de alargar horizonte
permanecem dentro de cada um de nós desde o mais remoto ser primitivo, ao homem
cibernético em nossa modernidade. Contudo, o que imagino deva imperar para que
a posteridade possa nos reconhecer é que nosso trabalho tem de falar de nós e
por nós, porque: “todas as vezes que
aquilo que você faz não permite que você se reconheça, seu trabalho se torna
estranho a você”.
Por que afinal, como vimos nesse breve encontro, qual foi a
obra deixada por nossos ancestrais primitivos e qual a obra que iremos deixar à
nossa posteridade.
Que a leitura se torne lei para todos nós. Até mais.
Da prensa de Gutemberg em 1440 à imprensa, em dias atuais, o homem percorre caminho de grande florescer em todos os campos do conhecimento.
O século XV marca um período singular na história da humanidade. As artes ganham formas e expressões excepcionais. As navegações ultrapassam linhas entre mares e terras.
Livros, podem ser, a partir de então, reproduzidos em larga escala. O homem percebe que a comunicação passa a ser de todos e não de uma minoria.
Agora... Você sabia?
O alfabeto cunhado em chumbo formava verdadeiro exército, o qual, em mãos hábeis de artesãos da palavra, gradativamente davam voz a textos que se disseminavam entre ruas e becos, cruzavam fronteiras, galgavam novos horizontes.
O livro se democratizava. Todos podiam ter acesso à leitura. A prensa de Gutemberg ultrapassaria séculos e alcançaria nossos dias, numa desenfreada transformação: dos tipos móveis ao raio laser o homem soube se impor perante o "haja" da criação.
Assim é que, livros podem ser impressos em larga escala, a custos cada vez mais comercializáveis.
A informação sai dos conventos, dos feudos, dos senhores dos monopólios, para alcançar a massa de uma sociedade menos favorecida.
O conhecimento passa galgar novas fronteiras, abrindo caminhos a comunicação que se torna flexível e permissível à instrução e educação pública.
O homem percebe nova fonte de se perpetuar à sua posteridade. Livros começam a ser editados em maiores escalas. Escritores saem de suas gavetas e ganham a visibilidade de um público cada vez mais leitor.
De 1450 aos nossos dias, mais de cinco séculos nos distanciam e perguntamos:
- O que teria mudado desde que o homem desenvolveu sua primeira prensa com tipos móveis?
A cada qual a sua resposta, mas percebemos que todo avanço do homem, antes moroso, visivelmente em algumas décadas entre os séculos XX e XXI ganham nova dimensão.
O homem se vê mergulhado numa tecnologia que o levará a desenvolver situações cada vez mais sutis em todas as áreas do saber.
E volto a perguntar:
- Onde essa era da informação e do conhecimento da nossa atualidade poderá nos encaminhar?
Entretanto, ainda encontramos pessoas motivadas a trabalhar com as mãos, a depositar seus pensamentos em folhas de papel, a se aventurar ao feito à mão.
Eis que a escritora Lygia Bojunga nos remete a esse olhar, com sua tentativa de retomar aos velhos hábitos desde a feitura do papel, ao texto à mão.
Eu contudo, não me abstenho dos meus cadernos, dos meus apontamentos, são eles que me dão a dimensão do meu dia a dia, do meu questionar entre a informação, o conhecimento. Leituras que me alcançam. Tudo isso faz parte desse universo entre livros a que desde cedo me vi envolvida.
Também a pesquisa me deu a dimensão de que ainda podemos encontrar gráficas e gráficos aos moldes Gutemberg, verdadeiros artesãos que sabem muito bem compor textos por meio dos tipos móveis de chumbo.
Eu mesma tive a grata oportunidade de trabalhar num jornal e acompanhar o árduo trabalho dos linotipistas. Não vou entrar nesse complexo universo neste agora. Vamos aguardar outra oportunidade.
Por este momento é o que passo, deixando com vocês o meu até mais.