Olá pessoal.
Hoje vou contar uma experiência pessoal com relação a leitura e escrita.
Digo a vocês que vamos
a escola para aprender a ler e a escrever – não é mesmo. Pois bem. Muitas vezes
concluímos nossos estudos regulamentares e mal sabemos ler, muito menos
escrever. Afinal. Por que isso ocorre se a criança, desde cedo, manifesta o
desejo de ler e de escrever, ainda que seja na terra. Já pensaram nisso? Já
observaram essa prática em vocês ou nas crianças ao seu redor?
Então vamos lá. Como
disse, vou falar um pouco sobre minha experiência pessoal. Desde infância eu
sempre quis ser professora. Nas brincadeiras eu era quem organizava uma
mesinha, cadeirinhas, lousa, giz. Bom também confesso a vocês que meus pais
estimulavam em mim essa prática.
O tempo passou, e não me tornei professora aos moldes que eu imaginava, mas sim bibliotecária. Os livros me eram fascinantes. Estantes repletas de livros para serem ordenados me serviram de apoio à minha formação desde casa, quando nossa biblioteca era admirável. Meu pai sempre teve muitos e muitos livros, além de os escrever também.
Agora, não pensem
vocês que o bibliotecário somente organiza livros. Claro que não, mas não vou
adentrar esse assunto, pois que o que almejo abordar para vocês é minha
experiência quanto a leitura e aonde ela pode nos encaminha.
Bom, imagino que se
lemos autores diversos, nosso desejo seja o de escrever como a um deles. Já
aconteceu isso com vocês? Bom, comigo diversas vezes. Sempre os tive em mira,
muito embora jamais tenha escrito um livro sequer, entretanto, tenho muitos
textos publicados na internet, assim como meus blogs pessoais.
Agora o interessante, contudo, foi que no ano de 2004, um professor e escritor da PUC em Campinas, sabedor de que eu tinha muitos textos engavetados, orientou-me a coloca-los em algum site e indicou-me o Amigos do livro. Casualmente seu editor João Scortecci já era meu conhecido por havermos participado de Feiras do livro em Ribeirão Preto, em algum momento.
Fechado então.
Selecionei um texto – O ato de ler – cuja inspiração me veio do livro do professor
Paulo Freire, quando em muitas passagens me vi também a escrever na terra, tal
ele.
Estava fechado então.
O texto me valeu cinco páginas datilografadas em papel sulfite, quase quatro
mil palavras. Digo a vocês que também muita pesquisa, pois que coloquei também
citações que julguei relevante ao texto.
O interessante disso tudo foi que o que aconteceu depois. Num agosto de 2005, o ENEM daquele ano faz menção ao meu texto, para a redação
A repercussão foi
grande, tanto no site do amigo Scortecci, quanto de uma revista do sul do país
que publicou o artigo na íntegra. Também valeu muitas publicações em sites
diversas, objeto de estudo em livros de sociologia e tantos que nem sempre
podemos alcançar.
Mas perceberam que nem sempre um livro necessita ser escrito em sua totalidade. Um texto, quando embasado em algum assunto de interesse geral, pode alcançar público inimaginável.
Assim, quando em falas iniciais sobre leitura, disse a vocês que não sabemos aonde a leitura irá nos encaminhar, digo também que a escrita nos liberta, além de participar ativamente do nosso processo de autoaprendizagem.
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